terça-feira, 17 de maio de 2011

Debater indisciplina com seus alunos?

No colégio Stance Dual, na Bela Vista- São Paulo, o conceito de indisciplina está sendo substituído pela ideia de conflito - e a punição, consequentemente, pelo diálogo. 'Queremos transformar o conflito, não em um perigo a ser evitado, mas em uma oportunidade de trazer à tona o que estava por trás desse confronto', diz Ana Claudia Correa, orientadora educacional da unidade.

Foram implementadas rodas de convivência para que as turmas de todas as séries debatam os problemas do dia a dia escolar. 'Cada um pode dizer como se sente, manifestar sua opinião e propor soluções', declara Ana Cláudia. 'A ideia é criar medidas para que os alunos possam se ouvir e encarar os seus problemas.'

A diretora e mantenedora do Colégio Renovação, São Paulo, Sílvia Brapi Conte, é de que a faixa etária dos indisciplinados tem contemplado alunos cada vez mais novos. Os baixinhos atrapalham o professor em sala de aula, diz ela, já a partir do 2º ou do 3º ano do fundamental.

Quando os estudantes crescem e se tornam usuários mais assíduos da internet, os problemas ficam ainda mais nítidos, avalia Silvia. 'Muitas crianças não prestam atenção nas aulas porque vão dormir às 2 ou 3 horas da manhã', conta a diretora.

De acordo com Sílvia, estudantes mais problemáticos vêm de famílias que não estão presentes na vida escolar da criança, mas ela concorda que as aulas precisam ser mais dinâmicas para atrair o público atual. Para resolver conflitos entre alunos e professores no âmbito escolar, a diretora recomenda convocar os pais para uma conversa e incentivá-los a participar mais das atividades promovidas pela instituição.

'Queremos transformar o conflito, não em um perigo a ser evitado, mas em uma oportunidade de trazer à tona o que estava por trás desse confronto'

ANA CLAUDIA CORREA, ORIENTADORA EDUCACIONAL DA ESCOLA STANCE DUAL

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