sábado, 24 de março de 2012

Escola usa jogo de xadrez para melhorar ensino da matemática


Um tabuleiro de xadrez com 13,7 metros quadrados, de rocha basáltica, colado no piso do pátio da Escola Estadual de Ensino Fundamental Bairro Carvalho, na cidade de Cachoeira do Sul (RS), foi a forma que a direção escolheu para receber os estudantes no início do ano letivo. Ao invés de madeira, as peças do jogo – rei, dama, bispo, torre, cavalo e peão – foram confeccionadas em papel e coladas em garrafas plásticas.

Poder jogar xadrez no recreio, antes do início das aulas e também nas atividades de educação física é o que encanta os estudantes, segundo a diretora da escola, Paula Cristina Langbecker. Foi para incentivar o gosto pelo xadrez que a diretora e a professora de educação física Nereida Fagundes Domingues criaram e instalaram o super tabuleiro durante as férias.

Nessa escola, 100 dos 293 alunos estão na educação integral e 85% deles são residentes no bairro Cristo Rei, cortado por rios e frequentemente castigado por enchentes. Segundo a diretora, dada a carência da população desse bairro, a maioria recebe recursos do programa Bolsa Família e são prioritários na definição dos atendidos pelo programa Mais Educação.

Escolha – O alto índice de reprovação em matemática foi o fator determinante para que o jogo de xadrez entrasse na escola. Foi nas aulas de educação física da professora Nereida Domingues que a experiência começou. Segundo Paula Langbecker, a partir da iniciativa de Nereida e dos resultados obtidos, a escola desenvolveu uma metodologia para uso do xadrez na alfabetização matemática e no letramento, que está sendo aplicada desde 2009. Hoje, o jogo está no currículo da escola.

Para atender os 293 alunos, a Bairro Carvalho tem 20 tabuleiros de tamanho oficial, nas salas de aula, além do jogo digital nos computadores da escola. Os ganhos foram observados na melhora do raciocínio, da concentração e da atenção dos estudantes em todas as disciplinas, diz a diretora.

Além do xadrez, os alunos da educação integral terão neste ano aulas de letramento e matemática e oficinas de jornal, horta e futsal. A escola também precisa contratar um monitor para ampliar a oferta do xadrez. O início das atividades da educação integral, porém, depende da chegada de uma merendeira, prometida pela secretaria estadual de Educação. A escola tem duas merendeiras que atendem os 293 alunos nos dois turnos, mas para a educação integral precisa de mais uma, explica a diretora.

Paula Langbecker tem licenciatura em educação artística, trabalha na Escola Bairro Carvalho há 11,5 anos, sendo quatro anos na direção. Todos os professores dos anos finais do ensino fundamental têm licenciatura, e dos anos iniciais, magistério de nível médio.

Adesão – Neste ano, a educação integral será oferecida a estudantes de 30 mil escolas públicas do ensino fundamental urbanas e do campo, das 27 unidades da Federação. Para alcançar essa cifra, o Ministério da Educação conta com as 14,9 mil unidades que já estavam no programa em 2011 e com a adesão de 15 mil novas escolas.

De acordo com a diretora de currículos e educação integral da Secretaria de Educação Básica do MEC, Jaqueline Moll, como a adesão das escolas ao programa é voluntária, o ministério pré-selecionou 28,4 mil unidades e espera ter a adesão de, pelo menos, 10 mil escolas urbanas e 5 mil do campo. O objetivo é ter no Mais Educação 30 mil escolas e subir dos 2,8 milhões de estudantes para 5 milhões. O investimento do governo federal nesse conjunto de escolas será de R$ 1,4 bilhão em 2012.

Dados da diretoria de currículos e educação integral coletados até está quarta-feira, 21, mostram que ainda estão disponíveis 4,2 mil vagas para escolas urbanas e do campo. O prazo de adesão foi ampliado para até 15 de abril. As escolas pré-selecionadas devem informar o número de alunos a serem atendidos, as atividades que vão desenvolver, o número de monitores que serão necessários, entre outros dados.

Serviço - Os diretores e coordenadores que tiverem dúvidas ou dificuldades para preencher as informações no Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec) podem pedir esclarecimentos pelos telefones (61) 2022-9175, 2022-9176, 2022-9174, 2022-9184, 2022-9211, 2022-9212 e 2022-9181, ou por correio eletrônico.

Ionice Lorenzoni

Conheça o Programa Mais Educação

Confira a relação de escolas urbanas pré-selecionadas para 2012

Confira a tabela das escolas do campo pré-selecionadas para 2012

OBMEP já recebeu 12 milhões de inscrições de estudantes


Até a manhã de sexta-feira, 23, a 8ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) recebeu 12,2 milhões de inscrições de estudantes da educação básica de 27,3 mil escolas. De acordo com o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), entidade que coordena o concurso, 90% dos municípios já haviam aderido à olimpíada até esta data.

A adesão das secretarias estaduais e municipais de educação e a inscrição de escolas e alunos podem ser feitas até dia 30 de março, pela internet. Na Obmep, a inscrição dos estudantes deve ser feita pelas escolas. Podem participar alunos do sexto ao nono ano do ensino fundamental e das três séries do ensino médio.

A coordenadora da olimpíada, Mônica Souza, lembra aos gestores das escolas e aos professores que o regulamento da edição da Obmep 2012 traz três alterações no quesito premiação.

A primeira mudança se refere ao aumento do número de estudantes convidados a participar do programa de iniciação científica júnior, com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que passa de 3,2 mil para 4,5 mil alunos. A segunda é o aumento do número de certificados de menção honrosa, de 30 mil para 46,2 mil; e a premiação será estendida a 1 mil professores.

Calendário – As datas da Olimpíada são as seguintes: dia 30 de março, encerramento das inscrições; 5 de junho, aplicação das provas da primeira fase nas escolas; 26 de junho, último prazo para as escolas enviarem os cartões-resposta dos classificados para a segunda fase; 15 de agosto, divulgação dos classificados para a segunda fase e do local de realização das provas; 15 de agosto a 14 de setembro, período para as escolas indicarem, na página eletrônica da Obmep, os professores dos alunos classificados para a segunda fase; 15 de setembro, às 14h30 (horário de Brasília), provas da segunda fase; 30 de novembro, divulgação dos premiados na página eletrônica da olimpíada.

Promovida pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação, a Obmep é realizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura Aplicada (Impa) com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática e sob a coordenação do Cenpec.

Ionice Lorenzoni

Confira o regulamento da 8ª edição na página eletrônica da Obmep.

terça-feira, 20 de março de 2012

Concurso para conservação do acervo desperta boas ideias

Com desenho de um sol estilizado, o aluno Vitor Hugo Oliveira de Araújo, do Colégio Municipal Neusa Goulart Brizola, foi selecionado no concurso artístico para mascote da campanha educativa de conservação do livro didático, em Macaé (RJ).

Com essa campanha, a Secretaria Municipal de Educação de Macaé foi a vencedora na categoria secretarias do concurso Ações Inovadoras, promovido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os vencedores do concurso em todas as categorias apresentaram as ações inovadoras no 13º Encontro Técnico Nacional dos Programas do Livro, que terminou nesta sexta-feira, 16, em Curitiba.

A coordenadora do Programa do Livro da Secretaria de Macaé, Rose Tomaz, explicou que a campanha envolveu ações como concurso de slogan, de boas práticas do professor, curso de gestão do livro didático para professores, entre outras.

Na categoria escolas, a vencedora no âmbito nacional foi a Escola Estadual Geraldo Melo dos Santos, localizada no bairro Tabuleiro do Martins, em Maceió, com o projeto Encadernação.

O projeto é realizado no primeiro dia de aula em formato de uma gincana, com oficinas de encadernação; apresentação da peça teatral: Livro, sem você não vivo, encenada pelo grupo de teatro da escola; mensagens elaboradas por alunos sobre conservação das obras e divulgadas por meio do sistema de som da escola. A equipe vencedora ganhou como prêmio um passeio para conhecer o Arquivo Público e a Biblioteca Estadual de Alagoas.

O diretor da escola, Nilson Ferreira da Silva Júnior, observou que, “com essa iniciativa, a escola aumentou de 60% em 2009 para 80% em 2010 a porcentagem de livros devolvidos com capa e em bom estado de conservação”. Para ele, o envolvimento dos pais, professores, funcionários e alunos foi fundamental para o sucesso do projeto.

Inovação – Lançado em agosto de 2011, o concurso Ações Inovadoras tem como objetivo selecionar e premiar as melhores práticas sobre remanejamento, conservação e devolução dos livros, além de disseminar essas experiências para que redes de ensino possam aplicá-las em suas localidades.

Diversos municípios e escolas brasileiros participaram da primeira edição do concurso, com apresentação de práticas que podem ajudar a aumentar o percentual de devolução do livro didático, no final do ano letivo.

Os vencedores dessa edição, na categoria 1, iniciativas de secretarias de educação, foram a Secretaria Municipal de Educação de Macaé (RJ), primeira colocada, seguida da Secretaria de Estado da Educação de Rondônia e da Secretaria Municipal de Educação de Maranguape (CE).

Já na categoria 2, além da Escola Estadual Geraldo Melo dos Santos, de Maceió, que foi destaque em âmbito nacional, foram selecionadas mais cinco escolas de cada uma das regiões brasileiras: Escola Estadual Waldemiro Peres Lustoza, de Manaus, na região Norte; Escola Estadual de Educação Básica Padre Francisco Goettler, de Jaboticaba (RS), no Sul; Escola Municipal Francisco Primo de Melo, de Araxá (MG), no Sudeste; Escola Municipal Luiza Bezerra de Souza, de Iguatu (CE), no Nordeste; e o Centro de Ensino Fundamental 306 Norte, de Brasília (Centro-Oeste).

Assessoria de Comunicação do FNDE

Olimpíada contribui para a formação do professor

A terceira edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro foi lançada oficialmente nesta segunda-feira, 19, em São Paulo. É esperada a participação de um número de alunos bem superior aos 7 milhões que participaram da segunda edição, em 2010. Durante a cerimônia, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou a importância da Olimpíada por se tratar de ação que contribui para a formação dos professores.

Mercadante reiterou que oferecer formação continuada e ampliar os quadros de professores é um grande desafio, mas o governo pretende trabalhar no sentido de mantê-los atualizados. “Vamos distribuir tablets para todos os professores do ensino médio e insistir no piso salarial de R$ 1.451, que ainda é pouco, mas é um começo”, disse, lembrando os 2 milhões de professores que, naquele momento, se encontravam em sala de aula.

O ministro voltou a destacar também a importância da alfabetização das crianças na idade certa, o que torna necessário superar as desigualdades regionais. “Enquanto no Paraná apenas 4% das crianças não são alfabetizadas até os oito anos, em Alagoas são 35%”, exemplificou.

Regulamento – De acordo com o regulamento da olimpíada, para que os professores possam participar é preciso que as redes públicas façam a adesão. O período de adesão e de inscrição é o mesmo – de 19 de março a 25 de maio. Podem participar educadores que lecionam do quinto ao nono ano do ensino fundamental e nas três séries do ensino médio.

O prazo de inscrição para as redes públicas da educação básica e para os professores de Língua Portuguesa vai até 25 de maio, pela internet. A olimpíada é promovida pelo Ministério da Educação, em parceria com a Fundação Itaú Social e coordenação do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

O lugar onde vivo é o tema proposto aos estudantes nos quatro gêneros: alunos do quinto e sexto anos do ensino fundamental vão criar poemas; do sétimo e oitavo anos, memórias literárias; do nono ano do ensino fundamental e da primeira série do ensino médio, crônicas; e da segunda e terceira series do ensino médio, artigos de opinião.

Etapas – A olimpíada tem cinco etapas de produção e seleção de textos. A primeira acontece na escola, a segunda no município, a terceira no estado, a quarta é regional e a última, nacional. Os autores dos 500 textos semifinalistas, sendo 125 por categoria literária, participam de oficinas regionais. Conforme o regulamento, na oficina regional de cada categoria, os estudantes ampliam suas habilidades de leitura e o universo cultural.

A etapa regional dos semifinalistas do gênero poema será em Fortaleza; textos de memória, em Belo Horizonte; crônica, em Curitiba, e opinião, em São Paulo.

Durante as etapas escolares, municipais e estaduais, os professores devem fazer um relato do processo desenvolvido com seus alunos abordando as dificuldades encontradas, os acertos e reflexões sobre a experiência. Esses relatos, diz o regulamento, devem ser entregues à coordenação da olimpíada se o estudante orientado chegar à fase semifinal.

Prêmios – Nas oficinas regionais, estudantes e professores ganham bônus para adquirir livros e os 20 vencedores – alunos, docentes e suas escolas – ganham prêmios especiais. Os 20 professores e os 20 estudantes ganham medalhas, notebook e impressora; e as escolas a que pertencem, dez microcomputadores, um projetor multimídia, telão de projeção e livros.

Histórico – Em 2008, a Olimpíada da Língua Portuguesa se tornou política pública de educação, sob a coordenação do MEC, em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). A olimpíada teve origem no programa Escrevendo o Futuro, desenvolvido pela Fundação Itaú Social entre 2002 e 2006, em edições bienais, que contaram, naquele período, com a participação de mais de 3,5 milhões de alunos em todo o país.

Na segunda edição, em 2010, participaram mais de 7 milhões de alunos da educação básica, de 60,1 mil escolas públicas, e 239,4 mil professores.

Assessoria de Comunicação Social

Confira o regulamento da 3ª Olimpíada de Língua Portuguesa

Ministro desafia empresários a contribuir para a educação

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, fez um desafio aos empresários brasileiros: “O Brasil consolidou a democracia e a economia, mas não seremos um país desenvolvido enquanto não respondermos a questão do atraso na educação.”

Mercadante participou de almoço-debate com a presença de mais de 290 empresários, reunidos no Fórum Lide, promovido em São Paulo pelo Grupo de Líderes Empresariais Lide, uma das mais importantes entidades desse setor no Brasil. O ministro provocou os empresários da construção civil para que se empenhem na modernização dos métodos de construção e criem novas soluções de engenharia para a multiplicação de creches e pré-escolas.

“O governo federal tem pressa, os prefeitos estão demorando de dois a dois anos e meio para construir uma creche, mesmo com o MEC liberando os recursos prontamente. Precisamos de soluções mais criativas e inovadoras. Queremos construir mais dezesseis mil creches com urgência.”

Mercadante também falou aos empresários que os níveis de qualidade da educação pública ainda são muito baixos, mesmo que o Brasil tenha sido um dos países com melhor índice de melhora de sua posição no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) na última década. “Para reagir, precisamos alfabetizar as crianças até os oito anos. No Norte e Nordeste, um quarto das crianças não se alfabetiza na idade certa.”

O ministro Mercadante convocou ainda os empresários para participar do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). “Precisamos ser parceiros no esforço de formar esta geração. Temos que repensar a escola e o ensino médio com tecnologia”, disse.

O ministro também convidou os empresários reunidos no Fórum Lide a participar da organização de uma Olimpíada Educacional. “Seria uma forma inteligente de aproveitarmos a herança da copa do mundo de futebol e das olimpíadas de 2016.”

Assessoria de Comunicação Social

quarta-feira, 14 de março de 2012

Após denúncias, MEC prepara pacote de mudanças no Enade

Uma série de denúncias relatando que universidades estavam selecionando os melhores alunos para prestar o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) fez o Ministério da Educação (MEC) mudar as regras da avaliação. Entre as medidas está torna o Enade obrigatório para todos os estudantes que concluirão o curso num determinado ano - antes quem termina o curso no primeiro semestre não presta o exame. O ministro da Educação, Aloizio Mercadantes anunciou nesta quarta-feira, em audiência na Câmara, que o exame será obrigatório para todos os estudantes que concluirão o curso num determinado ano - antes quem terminava o curso no primeiro semestre não prestava o exame.

Professores programam paralisação de 3 dias

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) programou uma greve geral de três dias para a categoria a partir de hoje, com uma agenda de atividades em todo o País, para protestar contra o não cumprimento da Lei Nacional do Piso do Magistério, segundo o órgão.

De acordo com informações da CNTE, 17 Estados não pagam o piso de R$ 1.451,00 anunciado pelo Ministério da Educação (MEC) e o mesmo número não cumpre a jornada extraclasse definida por lei.

A paralisação pretende atingir funcionários das escolas públicas das redes estadual e municipal entre hoje e sexta-feira, segundo o CNTE, que ainda não tem um balanço sobre a adesão dos trabalhadores no primeiro dia de paralisação.

Estão programadas para o dia de hoje várias manifestações pelo País, inclusive para defender o maior investimento público em Educação, com a previsão de 10% do Produto Interno Bruto no Plano Nacional de Educação (PNE).

Segundo a CNTE, na sexta-feira serão realizadas assembleias nas sedes dos sindicatos para decidir a continuidade da paralisação. Em São Paulo, de acordo com a confederação, estão previstas panfletagens e atos em locais públicos nos três dias de paralisação.

terça-feira, 6 de março de 2012

Piso do magistério deve ser progressivo, diz Mercadante

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta quinta-feira, 1º de março, que o piso salarial do magistério deve ser “sustentável e progressivo”. Ele foi entrevistado no programa de rádio Bom Dia, Ministro, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) e da EBC Serviços.

Sobre a dificuldade alegada por prefeitos e governadores de pagar o novo valor, de R$ 1.451, Mercadante reconheceu que o reajuste é “forte, elevado”, mas ressaltou que retroceder é a pior solução. O reajuste de 22,22% do piso do magistério foi o principal tema abordado por radialistas de todo o país durante a entrevista. “Não teremos uma educação nos padrões dos países desenvolvidos enquanto não tivermos uma educação universal e de qualidade”, afirmou Mercadante.

De acordo com o ministro, os estados precisam promover a reforma do plano de carreira e equacionar outros problemas. “Para 2012, a lei é essa e é para ser cumprida”, disse. “Para o futuro, o Congresso Nacional pode ouvir governadores, prefeitos e professores e buscar uma solução sustentável e progressiva; o que não podemos é congelar o piso.”

O ministro salientou que o novo valor está ainda muito longe do patamar capaz de atrair profissionais. “Estamos falando de pouco mais de dois salários mínimos; é pouco para o Brasil”, afirmou.

Entre as iniciativas destinadas a valorizar o professor, Mercadante citou também o programa Escola sem Fronteira, a ser lançado. Professores receberão bolsas para viajar pelo Brasil e conhecer as melhores experiências educacionais. “Não haverá educação de qualidade sem a valorização dos professores”, destacou.

Modernização — Mercadante ressaltou também a necessidade de modernizar a escola pública brasileira e destacou a distribuição de 600 mil tablets — pequeno computador portátil, com tela de toque ou caneta especial, que dispensa mouse ou teclado — a professores do ensino médio de escolas públicas a partir do segundo semestre deste ano. “Faltam professores de matemática, química e física, e a maior evasão escolar no Brasil está no ensino médio”, lembrou. “Precisamos modernizar a escola, levar a internet para a sala de aula. A escola precisa preparar o aluno para o futuro.”

Segundo o ministro, as 15 mil aulas digitais disponíveis no Portal do Professor podem servir de material de apoio para as aulas. “E o tablet é um grande recurso para isso.”

A vinculação de pelo menos um terço dos recursos do pré-sal, na próxima década, à educação, ciência e tecnologia também foi sugerida pelo ministro. “Não podemos repetir os erros de países ricos em petróleo e pobres em educação”, disse.

Assessoria de Comunicação Social

Ouça o ministro Aloizio Mercadante no programa Bom Dia, Ministro

Encontro discute aplicação das novas tecnologias nas escolas

Especialistas no uso pedagógico de novas tecnologias para educação se reúnem até esta sexta-feira, 2, em Brasília, para o Seminário Educação Digital - Formação dos Profissionais da Educação, organizado pela Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação. O encontro, que debate os rumos e desafios de uma educação mais integrada às inovações tecnológicas e um mundo mais conectado e digital, teve a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e do secretário de educação básica, Cesar Callegari.

O seminário se propõe a analisar pesquisas e experiências na formação, inicial e continuada, de professores preparados para interagir com as demandas de uma sociedade a cada dia mais vinculada às tecnologias digitais. Os palestrantes também discutem os modelos pedagógicos voltados paras as necessidades de uma educação digital de qualidade para os estudantes da rede pública.

Os estudantes ainda não percebem os usos da tecnologia para a aprendizagem e não se apropriaram da tecnologia para aplicá-la nos estudos. Os professores, por sua vez, ou rejeitam a tecnologia na sala de aula quando não têm acesso a ela, ou procuram se inteirar sobre como incorporá-las às suas aulas.
Não é apenas a viabilizar o acesso à tecnologia, mas usá-la para as finalidades da escola, o desenvolvimento do aluno, ensino e aprendizagem.

Durante o encontro, Mercadante falou sobre a necessidade de tornar a escola mais atraente, especialmente no ensino médio, onde os níveis de evasão escolar são mais altos. “No ensino médio a escola tem que se repensar para atrair e se comunicar com essa geração que está claramente desestimulada.”

Para o ministro a tecnologia não pode ser o objetivo em si mesmo. “O tablet pode dar um salto de qualidade e vamos começar pelo professor como uma tentativa de trazer a internet para os alunos”, afirmou.

Diego Rocha

Ouça a fala do ministro Aloizio Mercadante no Seminário de Educação Digital

Municípios terão R$ 29 milhões para escolas infantis e quadras

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) transferiu esta semana, R$ 29,2 milhões para a construção de escolas de educação infantil e de quadras esportivas escolares, no âmbito da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II). Os recursos foram liberados nesta quarta-feira, 29.

Para as quadras esportivas foram repassados R$ 8,3 milhões a 49 municípios dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Sergipe, São Paulo e Tocantins.

Os restantes R$ 20,8 milhões destinam-se à edificação de creches em 52 municípios dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Os municípios baianos de Morro do Chapéu e Prado receberam recursos tanto para construção de quadras quanto para construção de escolas do ensino infantil.

Assessoria de Imprensa do FNDE

Acesse a relação de municípios beneficiados no Proinfância
Acesse a relação de municípios beneficiados com quadras esportivas

Mercadante defende piso dos professores como uma questão de valorização

“A questão do salário do professor não é apenas trabalhista, mas uma questão de valorização”, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante audiência pública realizada nesta quarta-feira, 29, na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal. Ao defender o piso nacional dos professores, o ministro observou que a docência deve ser uma carreira bem remunerada e valorizada, caso contrário não será possível trazer os melhores profissionais para as escolas.

Mercadante fez uma exposição sobre as principais metas e diretrizes do Ministério da Educação, apresentando os planos da pasta, desde a educação infantil até a pós-graduação. Também fizeram parte da mesa o presidente e o vice-presidente da comissão, Roberto Requião (PMDB-PR) e Paulo Bauer (PSDB-SC).

No debate, o ministro apontou a importância da alfabetização até a idade de oito anos. De acordo com ele, a alfabetização – saber ler e escrever e fazer contas matemáticas simples – na idade certa permitirá melhor desenvolvimento no restante do processo educacional, reduzindo a evasão escolar. “Alfabetização na idade certa tem que ser a prioridade das prioridades deste país. Temos que atacar esse problema na origem e olhar para a valorização e capacitação dos 200 mil profissionais que fazem a alfabetização.”

Entre os temas de sua apresentação, o ministro fez questão de dedicar especial atenção ao uso de novas tecnologias e ideias inovadoras na sala de aula, entre eles o projetor digital e os tablets, que serão distribuídos às escolas e professores. Para Mercadante, a escola precisa ser o caminho de acesso do jovem aos recursos tecnológicos, para que ele tenha maior acesso ao conhecimento. “É preciso educar nossos jovens para o século 21”, disse.

Um programa nacional a ser lançado, sobre educação no campo, pretende impedir que escolas sejam fechadas nas zonas rurais, além de aumentar a escolarização da população dessas regiões. O projeto prevê a distribuição de material didático voltado para o campo, formação inicial e continuada de professores, educação de jovens e adultos, educação tecnológica voltada para atividades rurais, além de empreendedorismo e atendimento a escolas quilombolas.

Diego Rocha

Acesse a apresentação do ministro Aloizio Mercadante na Comissão de Educação do Senado

Ouça exposição do ministro Aloizio Mercadante sobre o piso nacional do magistério

FUNDEB - GRANJA FEVEREIRO 2012

FUNDEB - FNDO MANUT DES EDUC BASICA E VLRIZ PROF EDUC
DATA PARCELA VALOR DISTRIBUIDO



07.02.2012 ORIGEM ICMS EST 224.009,22 C



09.02.2012 ORIGEM IPVA 10.090,12 C

ORIGEM ITCMD 7.834,90 C

TOTAL: 17.925,02 C



10.02.2012 ORIGEM IPI-EXP 2.317,71 C

ORIGEM FPE 481.510,49 C

ORIGEM FPM 358.244,59 C

TOTAL: 842.072,79 C



13.02.2012 ORIGEM IPVA 8.233,26 C



14.02.2012 ORIGEM ICMS EST 51.276,75 C



15.02.2012 ORIGEM ITR 53,22 C

ORIGEM IPVA 124.264,99 C

TOTAL: 124.318,21 C



16.02.2012 ORIGEM IPI-EXP 50,68 C

ORIGEM FPE 5.445,30 C

ORIGEM FPM 4.051,30 C

TOTAL: 9.547,28 C



17.02.2012 ORIGEM ITR 10,02 C

ORIGEM IPVA 16.572,33 C

ORIGEM IPI-EXP 715,77 C

ORIGEM FPE 46.402,04 C

ORIGEM FPM 34.523,19 C

TOTAL: 98.223,35 C



23.02.2012 ORIGEM ICMS EST 168.845,15 C



27.02.2012 ORIGEM IPVA 52.504,79 C



28.02.2012 ORIGEM IPVA 1.840,02 C

ORIGEM ICMS EST 173.084,12 C

TOTAL: 174.924,14 C



29.02.2012 ORIGEM ITR 5,71 C

ORIGEM IPI-EXP 404,14 C

ORIGEM FPE 148.300,34 C

ORIGEM FPM 110.335,68 C

ORIGEM LEI87/96 3.744,55 C

TOTAL: 262.790,42 C



TOTAIS ORIGEM ITR 68,95 C

ORIGEM IPVA 213.505,51 C

ORIGEM ITCMD 7.834,90 C

ORIGEM IPI-EXP 3.488,30 C

ORIGEM ICMS EST 617.215,24 C

ORIGEM FPE 681.658,17 C

ORIGEM FPM 507.154,76 C

ORIGEM LEI87/96 3.744,55 C




DEBITO FUNDO 0,00 D

CREDITO FUNDO2.034.670,38 C