sábado, 29 de janeiro de 2011

Todas as metas do Plano Nacional de Educação

Segundo Fernando Haddad, as metas “devem ser divulgadas em locais públicos” para que cada cidadão possa acompanhar – e cobrar – a boa execução do PNE 2011-2020.

Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.

Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do ensino fundamental.

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.

Meta 6: Oferecer Educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.

Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à Educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

Meta 11: Duplicar as matrículas da Educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 13: Elevar a qualidade da Educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de Educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores.

Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da Educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Meta 16: Formar 50% dos professores da Educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.

Meta 17: Valorizar o magistério público da Educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.

Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.

Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em Educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Professores brasileiros perdem 17% das aulas com indisciplina

No Brasil, os professores gastam 17% do tempo em sala de aula tentando manter a disciplina dos alunos, mesmo índice da Malásia. No mundo, a média é de 13%. Em países como Bulgária, Estônia, Lituânia e Polônia, o percentual não passa de 10%. O resultado é que o trabalho dos professores fica prejudicado pelo mau comportamento dos alunos. Essa é uma das conclusões de um estudo divulgado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) nesta terça-feira.

O relatório da OCDE mostra que a maioria (71%, maior percentual registrado) dos professores brasileiros começou a dar aulas sem ter passado por um processo de adaptação ou monitoria. A média dos países nesse quesito é de 25%.

Os brasileiros são dos que mais afirmam (84%) que gostariam de participar de cursos de desenvolvimento profissional. Esse percentual só é maior no México (85%).

A pesquisa também constatou que os professores brasileiros trabalham com turmas com número de alunos (32) acima da média (24). Apenas no México, na Malásia e na Coreia do Sul essa relação é maior.

O relatório destaca também que a falta de incentivos e reconhecimento afeta três em cada professores no mundo. Um em cada três diretores de escola acha que seus funcionários não estão suficientemente qualificados.

O estudo mostra que a profissão enfrenta momentos difíceis, mas também afirma que o ensino pode melhorar com soluções relativamente simples, como a formação dos professores ou uma avaliação periódica de seu desempenho. “Professores qualificados são a chave para a implementação de políticas educacionais bem-sucedidas”, afirmou o secretário-geral da OCDE, Angel Gurra.

A pesquisa foi realizada em 23 pases: Austrália, Bélgica, Brasil, Bulgária, Dinamarca, Estônia, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Coreia do Sul, Lituânia, Malásia, Malta, México, Noruega, Polônia, Portugal, Eslováquia, Eslovênia, Espanha e Turquia. Cada país participante teve 200 escolas analisadas. Um questionário foi respondido pelo diretor e outro, por 20 professores selecionados. No Brasil, 5.687 professores responderam ao questionário, aplicado em 2007 e 2008. Leia o estudo completo aqui (em inglês).

Na sua opinião, o que poderia ser feito para melhorar a situação dos professores?

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Quando ensinar é uma guerra

Por Marina Azaredo

Noites bem-dormidas, cineminha garantido todo fim de semana e, para completar, a aprovação no final do ano. O segredo? Planejamento.

Você está atrasado com seus compromissos escolares, as provas estão difíceis e os professores cobrando mais dedicação aos livros, não se desespere.
Para dar conta de tudo, o jeito é começar a planejar.
Agora ele promete fazer tudo diferente. Já tem até uma agenda, objeto totalmente novo em sua mesa.



Para ler, clique nos itens abaixo:
Vontade é essencial
Admitir que faltou vontade de aprender, como fez o estudante Vinícius Laurito, é um grande passo no sentido de melhorar a qualidade do estudo. Isso porque o desejo sincero de estar ali estudando interfere decisivamente na concentração que se tem. É o que faz diferença, por exemplo, quando você percebe que não estava prestando a menor atenção em alguma leitura, embora esteja efetivamente lendo frase após frase. "O sucesso nos estudos depende da disposição para a tarefa", diz a psicóloga Adriana Machado, do Serviço de Psicologia Educacional da Universidade de São Paulo (USP).

"Só quando você está ligado no que está fazendo é que o seu cérebro capta adequadamente os estímulos externos, sejam eles a fala de seu professor ou algo escrito", afirma o neurologista Fernando Coronetti Gomes da Rocha, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu. "O interesse e o desejo de prestar atenção no assunto promovem uma ativação cerebral em níveis que permitem a memorização", diz.

Mesmo depois de estar concentrado na realização da tarefa, ainda há diversas maneiras de se tornar mais produtivo. Uma delas é estabelecer prioridades para a mente. O maior desafio de um estudante, a prova de vestibular, pode ser vencida mais facilmente com algumas atitudes, como olhar primeiro a prova inteira e realizar os exercícios mais fáceis antes de responder ao resto. "A melhor maneira é encarar uma prova como um jogo de pega-varetas, em que você tira primeiro as peças que não oferecem risco", compara o professor Sezar Sasson, do Anglo Vestibulares, de São Paulo.
Os sete erros do estudante
Há diversas maneiras de desperdiçar o tempo dedicado aos estudos. Conheça algumas delas e saiba como driblar as armadilhas.
Ignorar os próprios ritmos
Se você acha difícil acordar cedo, não reserve as primeiras horas da manhã para o estudo, pois seu livro vai se transformar num travesseiro. Não adianta fazer um plano que não esteja adaptado ao seu ritmo. "Quando o estudante não cumpre o que planejou, a auto-estima vai lá para baixo e leva junto o rendimento", afirma a psicóloga Adriana Machado.
Adiar tudo
Não caia na armadilha de adiar o estudo na crença de que ainda tem bastante tempo. "É comum o aluno deixar para estudar depois porque sempre encontra coisas mais ‘ 'importantes' a fazer, como dar banho no cachorro", diz Teresa Rego, professora da Faculdade de Educação da USP. Quando isso acontece, as tarefas se acumulam e fica impossível dar conta de tudo.
Abusar dos estimulantes
Entupir-se de café para ficar acordado e poder estudar pode ser um grave erro. "Para pessoas saudáveis, uma xícara de café feito na hora, até quatro vezes ao dia, funciona como estimulante", diz Fernando Gomes da Rocha, professor de Medicina da Unesp. "Mas em grandes quantidades dificulta a concentração."
Só estudar
Passar noites em claro resolvendo equações não faz de ninguém um bom aluno. Sem pelo menos 6 horas de sono por dia, grande parte do que você estudou vai embora pelo ralo. "Um tempo reservado para relaxar e jogar conversa fora tem um efeito poderoso para reerguer o ânimo", garante Teresa Rego.
Forçar a barra
Sem motivação você não alcança sucesso nos estudos. Querer realmente aprender o que está à sua frente é meio caminho andado. "O adolescente já é capaz de perceber que a escola e o estudo não envolvem só momentos de prazer, mas também esforço e compromisso", analisa Teresa Rego.
Passar por cima das dúvidas
Se você não entendeu algo, pergunte a quem saiba. “Para compreender certas situações usamos conhecimentos adquiridos em diferentes momentos", lembra Maria Bernadete Abaurre, coordenadora do vestibular da Unicamp. "Quando você menos espera, um conceito não compreendido em Biologia aparece em uma aula de Química."
Dispersar-se
Se a irmã está cantando, o pai ouvindo rádio e a mãe vendo TV, não há quem consiga estudar. "Coisas assim nem sempre impedem o estudo, mas vão fazer com que o aluno leve 1 hora para concluir o trabalho que faria em 20 minutos", alerta Adriana Machado, do Serviço de Psicologia Educacional da USP.
O jeito certo
Detalhes no local em que você estuda podem ter grande influência no seu desempenho.

1. Tira-dúvidas

Dicionários, um comum e outro de etimologia, não podem faltar. "Qualquer que seja a disciplina em questão, eles são úteis para elucidar conceitos", explica a pedagoga Teresa Rego.

2. Mesa posta

A altura da mesa deve coincidir com a de seus cotovelos quando você estiver sentado. Prefira um móvel amplo, para permitir a organização de todo o material, o que evita ficar se levantando a toda hora para procurá-los.

3. Luz do saber

O ambiente deve ser arejado e claro. Abra a janela e providencie uma luminária de mesa que permita a incidência direta da luz sobre o que está sendo lido ou escrito. Da ventilação adequada depende o bom funcionamento do seu cérebro e a boa luminosidade vai ajudar a manter a concentração.

4. Cantinho bom

Estudar sempre no mesmo local facilita a concentração. A mente acaba se educando para realizar as operações necessárias ao estudo quando você estiver ali. Se você não tiver um bom local, bibliotecas são ótimas alternativas.

5. Espinha ereta

Mantenha a coluna ereta, formando um ângulo de 90º em relação às coxas, e deixe os pés inteiramente apoiados no chão ou num apoio. Essa posição evita que você fique dolorido. É muito mais produtivo escrever ou ler sentado do que deitado. Relaxar num sofá atrai o sono.

6. Cordão de isolamento

Não custa pendurar na porta uma tabuleta com os dizeres "não perturbe". Não atenda a telefonemas e dispense as guloseimas enquanto estiver estudando. "Conciliar qualquer outra atividade com o estudo desvia sua atenção e prejudica o aprendizado."

7. Diversão domada

Computador e internet são poderosos instrumentos de estudo. Mas tome cuidado com as tentações. Games e salas de bate-papo são extremamente dispersivos.
Como organizar um plano de estudo
Se estudar de forma organizada nunca fez parte de sua rotina, acompanhe as dicas do psicólogo Sérgio Goldenberg, professor aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

- Qual a duração ideal de um plano de estudo?

Depende dos objetivos que se quer atingir. Pode-se sempre estabelecer metas de curto prazo. As metas devem estar em sintonia com o ritmo da matéria dada em classe. Quando as metas são cumpridas à risca, sua motivação se mantém em alta.

- Quantas horas é preciso estudar por dia?

O estudo pode ser realizado em dois ou três períodos de 2 horas no decorrer do dia. Mais do que isso pode levar a uma fadiga mental.

- Como organizá-lo?

Monte uma tabela semelhante ao horário escolar. Marque em cada dia as disciplinas que irá estudar e, conforme a matéria é dada em classe, vá detalhando os conteúdos ou as metas numa tabela.

- Como dividir o tempo entre as disciplinas?

Intercale as matérias preferidas com as que não gosta. Evite, por exemplo, estudar Matemática e Física em seguida, já que as duas exigem cálculos.

- Como controlar o cumprimento do plano?

Tique na tabela cada tarefa realizada. O que não foi feito no período determinado deve ser realizado em um horário extra na próxima semana. Deixe períodos livres para eventuais reposições mas evite sempre postergar as tarefas.
Engenharia da boa leitura
Ler algo compreendendo com clareza seu conteúdo nem sempre é uma tarefa fácil e depende muito da prática. "Não se consegue aprender a ler às vésperas de uma prova", avisa a pedagoga Teresa Rego.

É preciso adquirir o hábito, mesmo que isso seja feito com livros que não tenham relação direta com os assuntos vistos nas aulas, como futebol ou música. "Isso é importante para que você conquiste o prazer de ler", diz Teresa.
Veja algumas dicas sobre como tornar sua leitura mais produtiva
- O grande tema: antes de tudo, atente para os destaques apontados pelo autor do texto (título, intertítulos, quadros, ilustrações). Isso vai ajudá-lo a ter uma noção ampla do tema antes de começar uma leitura mais atenta.

- Os rabiscos: vá destacando com caneta colorida ou marcador de texto as palavras-chave. Se preferir, escreva ao lado de cada parágrafo a idéia principal. Isso facilita a compreensão e o trabalho na hora de rever o assunto.

- A interpretação: durante a leitura, relacione e compare as novas informações com o que você já conhecia sobre o tema. O autor pode estar contrariando ou acrescentando algo à informação que você já possui. Pode também estar defendendo uma teoria incorreta. Nunca renuncie ao senso crítico.

- A síntese: faça um fichamento de cada capítulo, artigo ou livro lido. Anote em fichas de papel, ou num caderno, o título, o autor, a editora ou a fonte, data da publicação e a página. Depois, relate por escrito o que você compreendeu em um resumo. Consulte-o sempre que precisar retornar ao assunto.