quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dia a dia do seu filho

* Cultive o hábito da leitura em sua casa.
* Ajude seu filho a conservar o livro didático. O material servirá para outros alunos futuramente.
* Acompanhe a frequência da criança ou do adolescente às aulas e sua participação nas atividades escolares.
* Visite a escola de seus filhos sempre que puder.
* Observe se as crianças ou adolescentes estão felizes e cuidadas no recreio, na hora da entrada e da saída.
* Verifique a limpeza e a conservação das salas e demais dependências da escola.
* Observe a qualidade da merenda escolar.
* Converse com outras mães, pais ou responsáveis sobre o que vocês observam na escola.
* Converse com os professores sobre dificuldades e habilidades do seu filho.
* Peça orientação aos professores e diretores, caso perceba alguma dificuldade no desempenho de seu filho. Procure saber o que fazer para ajudar.
* Leia bilhetes e avisos que a escola mandar e responda quando necessário.
* Acompanhe as lições de casa.
* Participe das atividades escolares e compareça às reuniões da escola. Dê sua opinião.
* Participe do Conselho Escolar.

ECA e realidade

A promulgação do ECA (Lei 8.069/90) ocorreu em 13 de Julho de 1990, consolidando uma grande conquista da sociedade brasileira: a produção de um documento de direitos humanos que contempla o que há de mais avançado na normativa internacional em respeito aos direitos da população infanto-juvenil. Este novo documento altera significativamente as possibilidades de uma intervenção arbitrária do Estado na vida de crianças e jovens. Como exemplo disto pode-se citar a restrição que o ECA impõe à medida de internação, aplicando-a como último recurso, restrito aos casos de cometimento de ato infracional.
Desde a promulgação do ECA, um grande esforço para a sua implementação vem sido feito nos âmbitos governamental e não–governamental. A crescente participação do terceiro setor nas políticas sociais, fato que ocorre com evidência a partir de 1990, é particularmente forte na área da infância e da juventude. A constituição dos conselhos dos direitos, uma das diretrizes da política de atendimento apregoada na lei, determina que a formulação de políticas para a infância e a juventude deve vir de um grupo formado paritariamente por membros representantes de organizações da sociedade civil e membros representantes das instituições governamentais.
No entanto, a implementação integral do ECA ainda representa um desafio para todos aqueles envolvidos e comprometidos com a garantia dos direitos da população infanto-juvenil. Antonio Carlos Gomes da Costa, em um texto intitulado “O Desfio da Implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente”, denomina de salto triplo os três pulos necessários à efetiva implementação da lei. São eles:

Mudanças no panorama legal: os municípios e estados precisam se adaptar à nova realidade legal. Muitos deles ainda não contam, em suas leis municipais, com os conselhos e fundos para a infância.
Ordenamento e reordenamento institucional: colocar em prática as novas institucionalidades trazidas pelo ECA: conselhos dos direitos, conselhos tutelares, fundos, instituições que executam as medidas sócio-educativas e articulação das redes locais de proteção integral.
Melhoria nas formas de atenção direita: É preciso aqui “mudar a maneira de ver, entender e agir” dos profissionais que trabalham diretamente com as crianças e adolescentes”. Estes profissionais são historicamente marcados pelas práticas assistencialistas, corretivas e muitas vezes repressoras, presentes por longo tempo na historia das práticas sociais do Brasil. Com isto, há ainda um longo caminho a ser percorrido antes que se atinja um estado de garantia plena de direitos com instituições sólidas e mecanismos operantes. No entanto, pode-se dizer com tranqüilidade que avanços importantes vêm ocorrendo nos últimos anos, e que isto tem um valor ainda mais significativo se contextualizado a partir da própria história brasileira, uma história atravessada mais pelo autoritarismo que pelo fortalecimento de instituições democráticas. Neste sentido, a luta pelos direitos humanos no Brasil é ainda uma luta em curso, merecedora da perseverança e obstinação de todos os que acreditam que um mundo melhor para todos é possível.

CE: Educadores apontam soluções para o estado

Implantação do tempo integral na escola e reforma curricular são destacadas para reverter situação crítica
O ensino médio cearense enfrenta uma série de problemas, onde nenhuma das escolas atingiu em 2009 o índice adequado proposto pelo Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica no Ceará (Spaece). Para o professor e presidente do Conselho de Educação do estado (CEC), Edgar Linhares, um dos principais motivos para a deficiência da educação básica brasileira é a escassez de recursos que o País destina à educação. Ele informa que o Brasil investe apenas cerca de 4,5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) no setor. Ao mesmo tempo, países que contam com os melhores sistemas educacionais empregam, no mínimo, 10%. Mas para o presidente, é fundamental investir na educação básica como forma de estimular o desenvolvimento dos estudantes, seja pelo incentivo à leitura, com a criação de bibliotecas, ou pela ampliação do tempo de permanência nas escolas. Outro ponto fundamental para o educador é a reforma no currículo da educação básica, como o aprimoramento de disciplinas como sociologia, filosofia e noções de cidadania ligadas à história e à geografia brasileiras.
Fonte: Diário do Nordeste (CE) – 17/09/2010

Stress x frustração

Nos últimos anos, o desequilíbrio entre vida pessoal e profissional foi apontado como uma das principais causas do stress. Com o levantamento feito recentemente pela Weigel Coaching, empresa especializada em comportamento e desenvolvimento de pessoas e equipes corporativas, apresenta um cenário diferente. O estudo, se basea em mais de 1.500 horas em atendimento e mais de 500 profissionais analisados nos departamentos de alta gerência e Recursos Humanos de várias empresas de grande, pequeno e médio porte, mostra que um novo fator chama a atenção do mercado: a causa do stress atual não se dá por meio do desequilíbrio e sim pela frustração. Na pesquisa elaborada, somente 15% dos colaboradores se mostraram completamente contentes com seu trabalho, enquanto que 61% estão parcialmente satisfeitos e apontaram um sentimento evidente de frustração. Apenas 4% estão totalmente insatisfeitos, enquanto que 20% dos profissionais se recusaram aderir à pesquisa ou responderam de forma duplicada, o que invalida a avaliação

Conferência discute novo modelo de educação em Fortaleza

Mais de mil educadores estão em Fortaleza para uma conferência internacional que vai discutir os sete saberes para uma educação do presente. O tema é inspirado na obra do filósofo e sociólogo francês Edgar Morin, que participará da abertura do encontro.
Durante quatro dias os participantes vão debater ideias inovadoras sobre educação e os caminhos para tornar a prática pedagógica adequada aos desafios atuais do mundo. O evento é uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Universidade Estadual do Ceará (Uece) e a Universidade Católica de Brasília (UCB).
“A ideia é repensar como se trabalha a educação hoje e romper alguns paradigmas do ponto de vista conceitual e também metodológico”, explica a pró-reitora da Uece, Celina Ellery. Participarão dos debates especialistas de vários países como México, Peru, Argentina, Espanha, Bolívia, França e do próprio Brasil.
Além dos mil participantes que estão em Fortaleza, a organização espera a presença de mais 5 mil educadores que acompanharão o evento em tempo real, em salas de teleconferência no Ceará e em outros estados.

Tome um cafezinho para o sucesso

O café é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo . Quantas vezes você não escutou : “Vamos tomar um cafezinho?” ou “Passe lá em casa para tomar um café com a gente.”
Alguns o tomam para tirar o sono, para ganhar concentração, alguns para acompanhar uma boa conversa com os amigos, outros para fechar negócios. Alguns para comemorar algo, para espantar o mau humor, aliviar uma tristeza ou até mesmo na hora de escrever um artigo para um jornal ou uma história para um livro.
No Brasil virou sinônimo de refeição “café da manhã”, e existem até aqueles que tomam “o café da tarde”. Tem até música com o tema “Amanhã de manhã, vou pedir um café pra nós dois, te fazer um carinho e depois te envolver em meus braços” de Robverto Carlos. E dessa forma o café também virou sinônimo de romantismo.

Algumas vezes o café tá amargo. Então, depois da careta olhamos o fundo da xícara. Era o açúcar. Estava lá, bem no fundo. É preciso mexer. Assim é nossa vida. Quando sentimos um gosto amargo é preciso observar, ir bem no fundo, mexer o que está parado. Às vezes falta coragem e ficamos apenas fazendo caretas. Devemos mexer as coisas boas que há dentro de nós. Tornemos a nossa vida tão deliciosa quanto as melhores delícias que já provamos.

Trânsito pode entrar no currículo da educação básica

A inclusão da educação para o trânsito como tema dos currículos da educação básica, visando formar motoristas conscientes e responsáveis, é o objetivo de projeto (PLS 30/2010) do senador Flávio Arns (PSDB-PR) em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Para o autor, apesar dos programas educativos promovidos pelos órgãos responsáveis pelo controle do trânsito, o comportamento de significativa parcela dos motoristas brasileiros no volante não prima pela cortesia, civilidade e respeito às normas de tráfego.
De acordo com a Agência Senado, a proposição, que está sendo relatada pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394 de 1996) para incluir como tema transversal da educação básica a educação para o trânsito. Os temas transversais não constituem disciplinas autônomas, mas permeiam outras áreas curriculares, por representarem assuntos que necessitam ser trabalhados de forma mais aprofundada na escola.
"É bem verdade que a legislação do ensino valoriza, no desenvolvimento curricular, temas como ética, cidadania e respeito às leis. Todavia, julgamos que o direcionamento desses valores para o ato de dirigir veículos automotores constituiria grande avanço na formação de cidadãos mais plenos e na consolidação da paz no trânsito", argumenta Flávio Arns.
O senador disse sugerir a abordagem transversal por ser um recurso que possibilita a construção de uma ponta entre os conhecimentos aprendidos e as questões da vida real. Além disso, explica ele, evita-se a sobrecarga curricular.
Arns considera necessário o conhecimento sobre as regras do trânsito não apenas pelos condutores, mas também por outros atores do trânsito, como pedestres e passageiros, desde a infância. O senador acredita que o conhecimento sobre normas do trânsito pela criança pode colocá-la, como pedestre, a salvo de diversos perigos, bem como torná-la capaz de dialogar com seus pais sobre a conduta adequada ao volante.
Além disso, afirma ele, a criança pode relatar aos pais eventuais atitudes indevidas de condutores que as transportam na rotina diária, como o motorista do transporte escolar, por exemplo.

Grupo de trabalho vai disciplinar transporte de estudantes

Definir as especificações necessárias para que um veículo seja considerado apropriado ao transporte escolar. Determinar o comportamento e as exigências para a habilitação do motorista desse veículo. Estabelecer as normas e os critérios para orientar os estados e municípios na regulamentação do transporte escolar. Essas são as principais tarefas do grupo de trabalho interministerial formado nesta terça-feira, 21, durante audiência pública no Rio de Janeiro, para disciplinar o transporte de estudantes no Brasil.“O resultado do esforço desse grupo deverá representar um avanço significativo para a melhoria do transporte escolar rural e urbano no país”, diz José Carlos Freitas, diretor de administração e tecnologia do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).Participarão do grupo de trabalho, além do FNDE, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), a Universidade Federal do Tocantins, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e a Associação Nacional de Fabricantes de Ônibus (Fabus). Em pauta, está a reunião de subsídios para definir um modelo de ônibus escolar urbano.A audiência serviu ainda para o FNDE apresentar às montadoras, ao setor automotivo e à sociedade civil os parâmetros para a produção de um novo modelo de veículo escolar rural, pelo programa Caminho da Escola. “A ideia é que este novo ônibus pequeno, para até 20 alunos, substitua os veículos 4x4 que são usados hoje para vencer as rotas mais severas no transporte rural”, afirma José Maria Rodrigues de Souza, coordenador-geral de apoio à manutenção escolar do FNDE. “Com este novo veículo, o governo federal vai ampliar a diversidade de ônibus do Caminho da Escola para que seja implantado no país um transporte escolar de qualidade cada vez melhor.”
Assessoria de Comunicação Social do FNDE 21/09/2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Mudanças no mobiliário escolar da rede pública virão em 2011

Em audiência pública realizada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ontem (26), em São Paulo, representantes da autarquia e da indústria de móveis debateram melhorias na produção de mesas e cadeiras ergonômicas para alunos e professores da rede pública de ensino.

Entre as mudanças propostas, destacam-se a eliminação de vãos nos assentos e novas medidas para o encosto das cadeiras. Também foram sugeridos a troca do sistema de fixação do tampo das mesas, que passará a ser preso com buchas, e o redesenho da curvatura do anteparo do porta-livro. As alterações valerão a partir de 2011, quando será homologado o novo pregão eletrônico de registro de preços para aquisição do mobiliário escolar por estados e municípios.

“O processo de padronização do mobiliário escolar no Brasil é irreversível, o que só aumenta nossa responsabilidade em propor melhorias contínuas”, diz José Carlos Freitas, diretor de administração e tecnologia do FNDE. “A compra centralizada por meio da ata de registro de preços cria um parâmetro de eficiência para o mercado.”

Ergonomia – As especificações do mobiliário escolar decorrem de acordo entre a autarquia e a Fundação de Desenvolvimento da Educação (FDE), de São Paulo, que cedeu o projeto de móveis escolares baseado na regulamentação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O mobiliário é composto pelo conjunto do aluno (carteira e cadeira), conjunto do professor (mesa e cadeira) e por mesa acessível para estudantes cadeirantes, todos concebidos ergonomicamente, para atender a educação básica. A carteira e a cadeira do aluno encontram-se disponíveis em três tamanhos, conforme a estatura do estudante.

Moçambique recebe apoio para formação de professores

A República de Moçambique, na África, receberá apoio do Ministério da Educação brasileiro para a formação de professores da sua rede pública e para a expansão da educação a distância no país. Portaria do ministro da Educação, Fernando Haddad, publicada no Diário Oficial da União, ontem (27), institui o Programa de Apoio à Expansão da Educação Superior a Distância em Moçambique.
O programa será administrado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), que tem sede em Redenção (CE). A formação de professores moçambicanos, conforme a portaria, será feita pelas instituições de ensino superior participantes da Universidade Aberta do Brasil (UAB).
A iniciativa do governo brasileiro atende um dos dispositivos do Acordo de Cooperação Cultural celebrado entre as duas nações em 2 de julho de 1991. Reforçar os laços de solidariedade e de cooperação, expandir e interiorizar o ensino superior nos países de língua portuguesa com as ferramentas da educação a distância estão entre os objetivos.
Na divisão de tarefas, caberá à Capes discutir com o governo de Moçambique as áreas prioritárias da educação e as necessidades do país e, a partir disso, organizar a criação de cursos superiores a distância, além de coordenar o processo de concessão de bolsas de estudos e auxílios no exterior. Será responsabilidade da Unilab apoiar a formação de recursos humanos, visando a integração Brasil-Moçambique. Essa parte do trabalho, a Unilab pode desenvolver em cooperação com outras universidades públicas brasileiras.
A Portaria Normativa n.º 22/2010 foi publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (27), seção 1, páginas 37 e 38.
Moçambique – País situado na costa oriental da África, Moçambique foi ocupado por Portugal no século XVI, tornando-se oficialmente colônia portuguesa em 1885. No século XX travou uma guerra pela libertação que durou cerca de dez anos até conquistar a independência em 1975. Com um território de 801,5 mil quilômetros quadrados e cerca de 20 milhões de habitantes, o país apresenta indicadores sociais baixos: expectativa de vida de 42 anos; alfabetização de 38,7% da população; índice de desenvolvimento humano (IDH) de 0,40; taxa de mortalidade infantil: 95,9 por mil crianças nascidas vivas.

Excesso de atividades em criança pode ser prejudicial

Deveres da escola, aulas de reforço, dança, inglês, futebol, natação, piano, violão, capoeira, entre outros. O excesso de atividades durante a infância pode provocar na criança um distúrbio bastante comum dos adultos: o estresse. Quanto mais atividades elas têm, maiores são as obrigações e a responsabilidade. E esse peso pode ser exagerado para as crianças, diz a pedagoga Priscila Garcia, "se ela enche o dia com atividades, falta horário para o lazer, o sono, o plano de estudo". Esse excesso de tarefas pode mudar o comportamento das crianças. Quando isso ocorre, os pequenos se apresentam mais agressivos e nervosos que o normal.

Programa entrega 48,9 mil computadores em 112 escolas

Com mais de 52,7 mil computadores distribuídos em escolas públicas de todo o país, o programa Um Computador por Aluno (UCA) inicia, a entrega de mais 48,9 mil máquinas portáteis (laptops) em 112 unidades de ensino. Até o fim do ano, o Ministério da Educação entregará 150 mil computadores portáteis a alunos de 300 escolas da rede pública. A distribuição do equipamento faz parte da política de tecnologias da informação e da comunicação (TICs). Os professores passam por capacitação para uso do equipamento.
Na escola municipal Neli Betemps, em Candiota, Rio Grande do Sul, os estudantes estão preparados para usar o equipamento. Rodrigo Kubiaki Dias, 14 anos, e Natan Fernando Moreira, 12, não têm computador em casa. O primeiro contato com o equipamento ocorreu este ano, com a instalação de laboratório de informática na escola. Eles começaram, então, a participar das oficinas de aprendizagem promovidas pela escola em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) — as oficinas dão aos alunos a oportunidade de se tornarem monitores do programa UCA.
Com o encerramento das oficinas, no dia da inauguração do programa na escola, Rodrigo e Natan foram os responsáveis por apresentar os colegas ao universo tecnológico. “Eles começaram a ensinar os amigos a usar o equipamento e mostraram projetos que elaboraram”, revela Bruno Fagundes Sperb, psicólogo do Laboratório de Estudos Cognitivos da UFRGS. As oficinas duraram três dias. Com um software de construção de objetos de aprendizagem, Rodrigo, aluno do sétimo ano, e Natan, do quinto ano, usaram princípios de operações lógicas do pensamento para programar objetos digitais que eles mesmos produziram.
Segundo o psicólogo, os dois estudantes apresentavam dificuldades para acompanhar o currículo escolar tradicional. Agora, são citados pelos professores como exemplos de concentração, disciplina e evolução.
Especificações — O modelo do laptop tem quatro gigabytes de armazenamento, 512 megabytes de memória, tela de cristal líquido de sete polegadas, bateria com autonomia de três horas e peso de até 1,5kg. É equipado para rede sem fio e com conexão de internet. O custo de cada equipamento é de R$ 550. O investimento total, R$ 82 milhões.
As escolas foram escolhidas pelas secretarias estaduais de educação e pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O programa teve a fase inicial em cinco escolas do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.

Um em cada cinco brasileiros é analfabeto funcional

Um em cada cinco brasileiros (20,3%) é analfabeto funcional, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2009, divulgada nesta quarta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É considerada analfabeta funcional a pessoa com 15 ou mais anos de idade e com menos de quatro anos de estudo completo. Em geral, ele lê e escreve frases simples, mas não consegue, por exemplo, interpretar textos.
Segundo a pesquisa, o problema é maior na região Nordeste, na qual a taxa de analfabetismo funcional chega a 30,8%. Na região Sudeste, onde esse índice é menor, a taxa ainda supera os 15%.
No entanto, o número vem caindo desde 2004, quando, segundo o IBGE, o país tinha 24,4% de analfabetos funcionais. Em 2008, o total era de 21%. Em comparação com 2009, a taxa caiu 0,7 pontos percentuais.
Analfabetismo totalA taxa de analfabetismo no Brasil entre pessoas com 15 anos ou mais caiu 0,3 pontos percentuais entre 2008 e o ano passado, de acordo com a Pnad. O índice saiu de 10% há dois anos para 9,7% em 2009. Segundo o órgão, o isso representa 14,1 milhões de analfabetos –em 2008, eram 14,2 milhões.
De acordo com o IBGE, a maioria dos analfabetos (92,6%) está concentrada no grupo com mais de 25 anos de idade. No Nordeste, a taxa de analfabetismo entre a população com 50 anos ou mais chega a 40,1%, enquanto que no Sul, esse número é de 12,2%. Os nordestinos têm as maiores taxas em todas as faixas de idade.

Número de analfabetos cai, mas ainda representa cerca de 10% da população no Brasil

O Brasil tem 14,1 milhões de analfabetos, o que corresponde a 9,7% do total da população com 15 anos ou mais de idade, de acordo com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na comparação com 2008, houve queda de 1%. Naquele ano, a taxa de analfabetismo era de 10%. De 2004 a 2009, a taxa recuou 1,8 p.p. (ponto percentual).
No Nordeste, 18,7% da população é analfabeta, ante 19,4% em 2008 e 22,4% em 2005. No Norte, os analfabetos representam 10,6% da população; no Centro-Oeste, significam 8%, e 5,7% no Sudeste. No Sul, essa proporção é de 5,5%.
Entre os analfabetos, predomina a população mais velha. Do total de pessoas sem estudo, 92,6% têm 25 anos ou mais. Entre as pessoas com 50 anos ou mais, 21% não sabem ler e escrever. De 40 a 49 anos, são 9,3% de analfabetos.
Na avaliação dos indivíduos de 15 a 17 anos, 1,5% são analfabetos. Entre a população de 18 a 24 anos, essa proporção chega a 2,1%.
A Pnad mostra melhora no nível de escolaridade da população. Do total da população com mais de 25 anos de idade, 10,6% tem nível superior completo, ante 8,1% em 2004.
Entre essa parcela da população, 12,9% não têm instrução --contra 15,7% em 2004. Outros 36,9% têm o ensino fundamental incompleto, e 8,8% finalizaram o ensino fundamental. Já 23% da população têm o ensino médio completo.

Trabalho infantil ainda atinge 1 milhão de crianças no Brasil

O trabalho infantil segue em queda no país, mas ainda há 908 mil crianças de 5 a 13 anos empregadas no país. A legislação brasileira permite a contratação apenas a partir dos 14 anos.
Em relação a 2008, houve queda de 8,5% no número de trabalhadores dessa faixa etária --eram 993 mil. A maior parte dessa população estava ocupada em pequenos empreendimentos familiares, especialmente em atividades agrícolas, onde estavam 57,5% do total observado.
Dos 908 mil trabalhadores infantis, 70,8% não tinham remuneração previamente acertada --trabalhavam para o próprio consumo, na construção para próprio uso ou não tem qualquer remuneração.
Ao todo, foram identificados 4,3 milhões de trabalhadores de 5 a 17 anos de idade. Na comparação com 2008, houve retração de 4,5% no contingente de empregados menores de idade.
Se comparado a 2004, o recuo chega a 20%. Há cinco anos, havia 5,3 milhões de trabalhadores de 5 a 17 anos.
Os dados são da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Na faixa de 5 a 9 anos, havia 123 mil crianças trabalhando em 2009; 785 mil tinham de 10 a 13 anos. Há ainda outros 3,3 milhões trabalhadores entre 14 a 17 anos.

FNDE investe R$ 880,2 milhões em livros didáticos

Com recursos de R$ 880,2 milhões, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) fez a aquisição de 135,6 milhões de exemplares de livros didáticos a serem usados por estudantes da educação básica pública a partir de 2011. Num investimento de R$ 151,4 milhões do FNDE, as obras serão distribuídas pelos Correios a todas as escolas do país entre outubro e janeiro.
“Esses números expressam a importância do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) para a educação no país”, disse ontem (2), o diretor de ações educacionais do FNDE, Rafael Torino. Segundo ele, as negociações com as 21 editoras que tiveram livros escolhidos pelas escolas foram fundamentais para se chegar ao valor médio de R$ 6,49 por exemplar. “Com as grandes quantidades envolvidas, conseguimos reduzir o preço final”, afirmou.
A maior parte das obras destina-se aos estudantes dos anos finais do ensino fundamental (sexto ao nono ano). Eles receberão livros novos de português, matemática, história, geografia, ciências e língua estrangeira (inglês ou espanhol). Os do primeiro ao quinto ano contarão com títulos de reposição.
118,4 milhões de exemplares para o ensino fundamental, no valor de R$ 700 milhões. 17 milhões de livros para o enino médio para reposição, em um investimento de R$ 180 milhões. Foram adquiridos 1.846 títulos diferentes para todo o país.
Os livros do PNLD deve ser usado por três anos consecutivos — será reaproveitado por outros estudantes nos períodos letivos seguintes. A exceção fica para as obras de alfabetização do primeiro e do segundo anos do ensino fundamental, classificadas como consumíveis e usadas por apenas um aluno.