domingo, 20 de fevereiro de 2011

Alunos repetentes não apresentam melhora no aprendizado, diz pesquisa

Os estudantes que repetiram tiveram notas menores que os não repetentes. Outra constatação é que os meninos são maioria entre os repetentes.

A Universidade Federal de Minas Gerais fez uma pesquisa para avaliar o impacto da repetência na vida escolar da criança. A conclusão foi que os estudantes que repetiram tiveram notas menores que os não repetentes, ou seja, não apresentaram melhora no aprendizado. Em Minas Gerais, os estudantes são avaliados por um exame que é o Programa de Alfabetização da Secretaria de Educação do estado (Proalfa).

Os pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) utilizaram esta nota para fazer o estudo. São alunos das escolas municipais e de estaduais que tiveram repetência por algum motivo.

A pesquisa analisou os testes de 41 mil alunos que fizeram a prova do Proalfa em 2009 e que apresentaram baixo desempenho no ano anterior. Comparando os exames de 2008 e 2009, percebeu-se que a nota do não repetente cresceu 28,49% e do repetente cresceu menos, 24,99% nas escolas estaduais. Nas municipais, a diferença entre os repetentes e não repetentes foi pequena. Outra constatação é que os meninos são maioria entre os repetentes.

A diretora centro pedagógico da UFMG, Tânia Lima Costa, diretora centro pedagógico da UFMG, disse que não concorda com o modelo de repetência.

"Não concordamos com esse modelo de repetência. O Ensino Fundamental tem que ser visto como um grande ciclo. As dificuldades dos alunos têm que ser identificadas e trabalhadas no dia a dia. Se um aluno ficar retido, temos que desenvolver estratégias para que o aluno consiga acompanhar a turma dele em outro momento. O professor tem que fazer atividades para receber esse aluno e fazer com que ele acredite que é capaz de aprender. Se você tem um aluno motivado e um professor com planos bem feitos e foco na aprendizagem, além da família acompanhando, não teremos mais dificuldade”, disse

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