quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pré-testes seguem o rigor de segurança dos demais exames

Cada nova questão criada para as avaliações do ensino promovidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) passa por um pré-teste com estudantes de escolas públicas e particulares. Essas provas contemplam a diversidade da educação básica do país.

O pré-teste avalia cada item sob três aspectos: grau de dificuldade, nível de discriminação (o quanto o item consegue diferenciar as pessoas que sabem ou não) e probabilidade de acerto ao acaso, além da proporção de pessoas que escolhem cada alternativa de resposta oferecida na prova. Uma prova para pré-teste deve reunir itens de difícil, média e fácil resolução. O número de questões pode variar a cada teste.

Após a aplicação, o Inep calcula todos os índices e decide quais itens devem ser reavaliados. Os pré-testados e aprovados vão integrar o banco de itens, mas isso não significa que serão usados no futuro. Em 2010, o Inep fez pré-testes em escolas públicas e particulares das capitais de dez unidades federativas.

As escolas são escolhidas por sorteio, desde que tenham, pelo menos, duas turmas nas séries a serem avaliadas. Os pré-testes podem ser aplicados a alunos do ensino fundamental e médio e da educação superior. Após o sorteio das escolas, o Inep mantém contato com elas para saber se aceitam participar do pré-teste. Após definir a relação das instituições de ensino e definir o número de turmas e o de estudantes, o instituto repassa os dados à empresa aplicadora, que passa a ser responsável pelo restante do processo. A partir daí, é definida a data do pré-teste.

Durante a prova, em cada sala de aula três aplicadores acompanham o processo, recolhem todo o material e o devolvem ao Inep.

Os estudantes são selecionados por amostragem, que compreende alunos com desempenho alto, médio e baixo, conforme as avaliações do Inep — Prova Brasil, Saeb, Enem, Encceja e Enade.

Sigilo — Como no Enem, o pré-teste de itens segue sigilo rigoroso em todas a fases — Inep, gráfica, Correios, empresa aplicadora, aplicadores, instituição na qual o teste é aplicado, devolução e correção das provas. A gráfica que imprime o material o entrega aos Correios, que o leva a um polo indicado pelo consórcio em cada cidade.

Cabe à empresa aplicadora levar esse material à escola. Lá, cabe a um coordenador conferir o número de provas. Em cada sala, um dos três aplicadores tem como atribuição impedir a entrada ou a saída de qualquer material. Ao fim da aplicação, as provas são recolhidas, contadas, lacradas em envelope e devolvidas ao polo. Caso haja registro de falta de uma das provas, é aberto processo de investigação. De acordo com o resultado desse processo, as questões são excluídas de forma permanente do banco de itens do Inep.

Assessoria de Comunicação Social

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